Caros Amigos...

Não sei se escrevo bem, muito menos tenho eu a pretensão de escrever. Escrevo por prazer, e gostaria que vocês lêssem pelo mesmo motivo.
Abraço forte,

Marcus Vinícius Barbosa

24.7.08

Antônio - Capítulo 03

Mais uma vez, Antônio é acordado por um guarda. Desta vez dá um bom dia caloroso ao oficial, que retribui o gesto. E ele pensa agora em como a vida poderia ser mais fácil e alegre, com um humor pleno e sereno, independente de nada. O humor, mas - acima de tudo - o bom humor.
Caminha agora pela escada a Igreja. É sexta-feira, missa só às 18:00hrs. Ele pensa sobre como Deus foi personificado e nos cultos aos santos. Pensa no poder de expansionismo do homem e em suas virtudes esquecidas. Pensa no clero do século XV e relembra do Império Bizantino. Ah, os ortodoxos. Logo lhe vem em mente a Rússia, o Kremilin, o mundo dos eslavos e tudo mais. Quanto uma ação pode mudar rumos. Lhe vem a mente também os irmãos Orloff e a Rainha, toda a conspiração, e com os Orloff lhe vem a mente a vodka. Os prazeres do álcool, a perdição de um homem.
Senta-se contemplativo nos degraus bem lavados da Igreja e revive momentos de outrora. A barba bem feita, o cabelo cortado, um terno bem alinhado, sua esposa - Clarissa - e sua vida já mudada. Novamente se vê pensando em Clarissa e isso o remete a Marco Antônio, Júlio César e Cleóprata. O Império Romano e sua opulência devastadora. Lembra-se também de Tomás Morus e a Utopia. Os fundamentos do socialismo moderno.
Levanta-se e caminha pelas ruas paralelas a Igreja. E cada vez que pronuncia Igreja lembra de eclessia, a assembléia. Caminha em passos curtos, sem pressa, como se flutuasse.
De repente, ouve uma voz:
- Professor Rodeau?

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