Caros Amigos...

Não sei se escrevo bem, muito menos tenho eu a pretensão de escrever. Escrevo por prazer, e gostaria que vocês lêssem pelo mesmo motivo.
Abraço forte,

Marcus Vinícius Barbosa

23.7.08

Antônio - Capítulo 02

E mais uma noite chega. Antônio procura seu bar de costume, próximo ao centro da cidade. Lá gasta a maior parte do dinheiro que acabara de ganhar. Relembra agora de Ana Bolena, Henrique e Catarina, a velha história da Igreja Anglicana. Como a vontande de um homem podia mudar as coisas antes. Mas a democracia mudara tudo, e hoje a vontade de um nada vale, mas sim a vontade da maioria.
Sai do bar aos passos largos, procurando auxílio nas barracas de camelô que ali se encontram. Busca seu fiel escudeiro, o banco. Acha-o defronte a praça, seu atual lar. Bem diferente de tempos remotos. Os cachorros o aguardam, quase num rital de espera. Quanto senta, sente o calor dos mesmos, o envolvendo e esquentando. A ausência de um cobertor o faz aceitar os afagos caninos. Deita agora e olha para a Igreja. Novamente lhe vem a imagem de Henrique VIII e sua poderosa Igreja Anglicana, como aquilo tudo iria mudar a própria estrutura da Igreja Católica. E, pensando em Henrique, lembra-se do motivo - o divórcio - e lembra-se de si mesmo. Tudo que abandonara.
Por quê? É o que se questiona agora. Por que deixar para trás tudo que construira e viver assim? Ora, meu caro, é mais simples do que parece. É melhor ser amigo de cães do que de putrifos. Ao menos eles são sinceros.

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