Caros Amigos...

Não sei se escrevo bem, muito menos tenho eu a pretensão de escrever. Escrevo por prazer, e gostaria que vocês lêssem pelo mesmo motivo.
Abraço forte,

Marcus Vinícius Barbosa

27.4.10

Le parler du peuple, le parler de la rue

Por que as línguas alheias se interessam tanto pelo passar de minutos das pessoas? Ah, se elas soubessem o quão vil, o quão torpe, o quão mesquinho e frio é o toque das palavras. Outrossim, n~´ao contentes em pensar para si mesmos, resolvem fuxicar.
Ninguém precisa disso, ninguém necessita de advices from each other, porque cada ego vive sob o seu próprio arfar.
Mas, se nada podemos fazer, se a lâmina de minha espada argumentativa já não compensa o peso irredutível das fofocas, que posso fazer eu, senão esperar?

20.4.10

O tempo

Como historiador devo perceber, com extrema cautela, o processo que envolve o passar do tempo, em diferentes circunstâncias. É impressionante compreender e dar-se conta de como os meses mudam a vida, o caminhar de uma vida, - cometendo um absurdo histórico - uma vez que realizamos expectativas, mas também nos frustramos. Faz algum tempo que não escreve neste espaço; novamente o tempo perpassa esta questão. A academia me consome, e eu a adoro cada vez mais. Mas, é de indubitável necessidade este contato que fixo agora, travando uma batalha temível entre escrita formal de cunho histórico-teórioca e coloquialismos generalizantes. Enquanto uma quer ser especifista, objetiva, livre de preceitos do senso comum, a outra aflora em aspectos subjetivos, adjacentes do meu ego, de minha cabeça infinitamente confusa para as questões existenciais. Contudo, as duas emergem de um ser que questiona; e, por isso mesmo, vive o sentido máximo da filosofia pitagórica.
Se o tempo é o instrumento vitorioso das vivências, quem será o perdedor? A vida, portanto, torna-se mero meio de atuação temporal. O espírito, a matéria, as complicações socio-psciológicas nada condizem com o eterno paradigma existencial do tempo. Ele não é palpável, não pode ser comprovado. Somente passa por todos nós, deixando seus rastros mais maquiavélicos. É torpe o toque do tempo, quase promíscuo. Ele não quer ser inteligível, não é lógico, muito menos se reduz as balizas da Física moderna. Ele simplesmente é. Cogito ergo sum, disse uma vez Descartes. Omnius verba, dominus ordus, novus mundus sum et cogite. "A palavra do homem, a ordem divina, um novo mundo é e cogita". E é nesse tocante que podemos compreender, talvez, a passagem do tempo, ou seja, sua temporalidade. O pensar muda; é evidente e empírico para todos nós. Afinal, somos seres mutáveis, instáveis, inconseqüentes e desejosos, almejantes de um futuro incerto, desafiadores de uma lógica construída por nós mesmos: seres insatisfeitos. Por isso nos incomodamos tanto com o tempo; ele só nos recorda os erros que cometemos, coloca o dedo em nossas feridas e repete sempre a mesma frase: é tu, ser inescrupuloso, que cria teus próprios problemas.

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