Caros Amigos...

Não sei se escrevo bem, muito menos tenho eu a pretensão de escrever. Escrevo por prazer, e gostaria que vocês lêssem pelo mesmo motivo.
Abraço forte,

Marcus Vinícius Barbosa

29.9.08

Feelings Inside Me

Feelings inside me, get my heart at this moment. Maybe I bring war, maybe I bring peace, I really don't know. I just wanna show you what I really can be. Place your body in this chair and read my words. As the time pass to me, I grew up, like everybody. But, as that time came old, I felt the need to be more than this I'm now. Something like wildness, tenderness and heart, tears in my eyes, a smile in the face to hide it, trying to explain to myself that I ain't blame about my problems. Yes, she is the matter, my big mistake. I gave my heart to someone that only can play with me. Ein mann für spiel, one man to play. But, God knows, I'm not the kind that plays. I'm diferent.
Sweet? Strong? Tough? Blame? Shamed? Glad? Complete? Rough? Weak? Out Standing? I really don't know. Everything I know is that I'm a man that don't wanna waste time with something that don't bring me nothing. You, you that are in my dreams, that hunt me in the night, that search for someone to play. You, devil.

24.9.08

Sobre o mundo

Bom, impressionado eu nunca fui - muito menos com as cosias absurdas que acontecem no nosso planeta. Entretanto, a inteligência da raça humana é surpreendente. Eletricidade, computadores, hidrelétricas, fábricas, rapidez, agilidade, comunicação. Ditadores, democracia, comida, navios e tanques, armas, bombas, guerras, paz, acordos, tratados, descobrimentos, avanços. Agora eu vejo o que Chaplin pensava de tudo isso. Estava eu a assistir TV - Tele Cine Cult - quando começou a passar um filme do Chaplin. Uma sátira a Segunda "Grande" Guerra. Chaplin fazia o papel de Hitler e de um judeu ao mesmo tempo. Sempre com reflexões muito profundas, ele critica esse expansionismo, não só europeu - alemão - , mas de todos os países. Ao final, Chaplin faz um discuros que impressiona. O filme é de 1940, mas fala exatamente sobre esse processo que passamos hoje em dia e que, desde o advento da eletricidade, viemos construindo. Um mundo mais distante, sem contato pessoal, onde as dimensões globais não existem. Onde conversar virou um bater de teclas, onde tudo é compartilhado. Fico me perguntando se vamos parar, se existe limite para a evolução. Segundo a biologia sim, segundo a história, jamais. Na verdade, não vivemos um processo evolutivo, mas sim um processo de mutação - que não é necessariamente uma mudança boa. Vivemos um processo de qualificação de nossos egos, de introspecção e rejeição ao ufanismo - principalmente no Brasil. Onde foram parar certos valores que tínhamos antes? Onde foi parar o respeito pela vida? As guerras antigas eram tão mais justas, tão mais concretas, tão mais cheias de coragem, vivacidade, sagacidade e ousadia. Os gregos acreditavam que a guerra sem espada era uma guerra covarde, pois impede o combate cara a cara. E não é que eles estavam certos?
Existirá um fim para tudo isso? Existirá um limite que podemos alcançar? Um patamar que vai nos fazer parar? Ah, meu amigos, o preço pela inteligência é tão caro, pois com ela vem a cobiça e a arrogância, a prepotência e violência. Com ela, um homem torna-se cão.

6.9.08

Rogério - Capítulo 02

Ele enche o peito, uma tentativa de buscar coragem. E ela vem com muito esforço, após alguns minutos. Percebe que suas mãos estão se aproximando da porta e bate. Alguns segundos depois a porta é aberta por uma mulher muito elegante, vestindo um belo vestido azul, com alguns brilhos – algo bem americano diria um estilista – maquiagem apropriada para o dia. Eram onze da manhã, o que explicaria um almoço. Novamente, busca ar e fala:
- Bom dia Clarissa, como vais?
- Rogério, quanto tempo! Eu estou bem. Mas, vamos entrando, por favor.
Ele entra e logo busca o sofá. Conhece bem a casa, de todos os encontros, reuniões, festas e jantares que tivera ali. Tudo parece muito familiar para ele.
- Mas, e então, o que o trás aqui? interpela Clarissa.
- Bom, como tu já sabes, faz alguns anos que não venho aqui. Tudo em razão do desaparecimento dele.
- Vieste aqui falar de Antônio?
- Sim, e por um motivo muito especial.
- Rogério, não me leve a mal, mas já faz tanto tempo. Eu ainda não me perdoei, não sei porque fiz tudo aquilo...
- Clarissa, tenha calma. Não vim julgá-la, muito menos culpá-la. Vim trazer-te notícias.
- Dele?
- Sim. Tu não vais acreditar.
E começa o relato do dia anterior. Aos poucos vai encorajando Clarissa. Fazendo com que ela perceba como o ex-marido precisa dela e dele. Rogério sabe que é muito importante para Clarissa o bem estar de Antônio. Sabe que antes de tudo, Clarissa quer ver Antônio de volta a universidade, recobrado de seu juízo, limpo e alimentado. Chegado o meio-dia Clarissa faz um convite:
- Queres vir almoçar comigo? Estou desacompanhada naquele almoço da psicologia. Não quero ir sozinha.
- Mas eu nem estou arrumado.
- Como não? Tu estás sempre bem arrumado Rogério. Vamos, pares de fazer-te de rogado.
- Está bem, vamos.
E vão os dois ao almoço da turma de psicologia de 1981. Uma comemoração aos cinco anos dos formados.

Rogério - Capítulo 01

E como se fosse fácil, ele correu. Correu não por ter medo, sim por ter pena e compreender o sofrimento do professor. Ele precisava fazer alguma coisa, sentia isso a todo momento. Quem sabe procurarAntônio agora, sem pestanejar, falar-lhe sobre a mulher, a casa, o amante da mulher, a situação real. Pensa, e acha mais conveniente falar com Clarissa.
Ao acordar, lembra-se de sua tarefa árdua e prepara-se. Quer estar disposto a fazer tudo pelo seu melhor amigo - desaparacido a quatro anos e reencontrado de uma forma inesperada. Saí, levando consigo um endereço. Precisa pegar o trem, uns trinta minutos e tudo estaria resolvido.Mas o destino é cruel como o mar é para com os pescadores. No caminho, reflete sobre a amizade de doutrora, em um amor fraternal sem precendentes, em um afeto, carinho, admiração e respeito que ninguém jamais poderia ter para com Antônio. Por que não pedir auxílio ao seu amigo? Por que não perguntar a ele se exitiria algo a fazer? Talvez uma, duas semanas, no maxímo um mês. Mas não, o professor preferiu correr, feito um desvairado, quase como se não tivesse razão ou sentidos. E ele os tinha de sobra. Uma virtuosidade, um vontade de saber, jorrando conhecimento para quem passasse ao seu lado. Esse era Antônio Rodeau, um professor universitário - nem tão jovem, nem tão velho - que fora traído, humilhado pelo primo - e grande "amigo" - que decidira fugir para virar mendigo. Mas como sobrevivera? Como comera, se alimentara, se vestira? Entretanto, lembra-se Rogério do maior dom do mestre: falar.
Quarenta e cinco minutos depois - já em uma outra cidade - Rogério procura com esmero o endereço. Quinze minutos são suficientes. E lá vai ele bater à porta de Clarissa.

5.9.08

Antônio - Capítulo 05

Um novo dia começa e Antônio sabe que nada seria mais o menos.
Rogério Goldstein, há quanto tempo será? Cinco anos? Talvez quatro. Lembra-se do jovem estudente, mente pulsante que procurava o saber em tudo. Era um rapaz simples, entretanto com um leve tom arrogante - próprio dos mais providos de cultura. Ele criara um forte vínculo com Antônio, sendo um de seus melhores alunos e amigos. Foi quem o apoiou na decisão de sair de casa. Mas Antônio sente que fora perverso para com ele. Jamais poderia ter sumido sem avisar este rapaz. Quem sabe pedir refúgio, um abrigo, um ombro amigo com fez Estevão de Machado. E como Estevão de Machado, Rogério era Luís Alves.
Clarissa sempre fora a mulher perfeita - quase como uma mulher endeusada pelo romantismo - e a sua mulher perfeita. Antônio sempre pensava em como tinha sorte de ter uma mulher daquelas. Até saber de toda a verdade. Antônio era professor universitário, doutorado em História. Tinha pouco tempo para a sua vida pessoal, pois era um professor de renome. Ao passo de 9 anos casados, ele decide tirar férias sem dizer a mulher - o que ele podia se dar ao luxo pelo seu renome e pela sua remuneração. Acabado o dia de trabalho, Antônio retorna à sua casa com os pensamentos da viajem. Europa, Paris, talvez Berlim e Zurique. Já dispensado, no outro dia saí à procura de uma agência de viajens. Comprados os pacotes, ele volta para casa. Chegando em casa, mais cedo e sem ser esperado, Antônio encontra sua esposa nos braços de Vitor, seu primo. Ele comprime todos os seus sentimentos e pensa no que vale a pena ou não. Corre, foge, vai as ruas refletir o que fazer. E pensa muito.

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