Caros Amigos...

Não sei se escrevo bem, muito menos tenho eu a pretensão de escrever. Escrevo por prazer, e gostaria que vocês lêssem pelo mesmo motivo.
Abraço forte,

Marcus Vinícius Barbosa

21.7.09

Moonwalk - Let me Live

Ah, se as palavras pudessem conter todos os sentidos que o meu coração atribui a esse amor. Entretanto, mero instrumento revelador de verdades subjetivas, minhas mãos já passeiam por esse campo imenso e vazio que é a escrita; sim, vazia de um completo esquecimento dos olhares atentos, das vidas pulsantes, nada além de imaginação. Ao contrário do que sinto, a escrita é meramente imaginária, fictícia, longínqua; só pode ser verossímil, então busca a objetividade de uma verdade una e materna. Mas ela já não existe para os "porquês" de uma sociedade vil e displicente, irredutível e complacente, instrumento alheio de subversão às minorias. Ela quer falar mais alto que a alma, e que o coração, e que a mente, e que todos os outros sentidos corpóreos. Um impasse, uma vírgula, uma cautela a mais, uma regra que desmancha o pensamento linear. A língua não necessita disso. Preocupados com "onde" e "aonde", com "agas" e acentos, somos reduzidos a meros reprodutores de uma "pseudoverdade", que nos foi passada por outra geração acabada pelos mistérios infinitos das regularidades lingüísticas. Já não me importo mais com tanta coisa; o amor completou agora os espaços que faltavam para a minha inteligência. Se ainda procuro algo, é uma maneira de fazer alguém que me ama feliz, o máximo possível. Já não procuro erros nas falas alheias, minha mente já não vasculha mais cada parágrafo escrito em busca de uma eloqüência, de um deslize. Afinal, somos seres humanos; construímos nossa base no erro. E errar é uma conseqüência da tentativa, que é muito importante para o sucesso. As relações infinitas que temos, as palavras ditas, os olhares, os carinhos, os toques, as promiscuidades, as carícias, todas elas tentam resumir a nossa vivacidade, a inteligência de apenas viver, isso que temos que agarrar com a maior força. Mas não: seguimos preocupados em olhar para o mundo em nossa volta, seguimos preocupados em continuar com uma comparação infinita, do fulano e do ciclano, da beltrana e do beltrano. É muito provável que morramos com o desejo, ainda que inconsciente, de sermos o outro, de nos transportarmos e ocuparmos um corpo, de ter um desejo, de degustarmos prazeres que não nos foram concedidos - ou, em uma busca ensandecida, não percebemos que teríamos tudo aquilo.
E eu tive um sonho; talvez um que tenha envolvido meus medos, minhas angústias, que agora já não se encontram presentes. Nele, um amigo, monstros, medo, choro, uma pirâmide. E já não sei o que pensar. Talvez Michael Jackson pudesse me dizer: "'Cause this is Thriller, Thriller Night", e eu acordaria com "a touch of a hand, at the midnight hour, close to your death". Já não vivo aterrorizado por um Deus impiedoso e fugaz; reduzi minha existência a minha sagacidade.

19.7.09

The Greatest Love of All

Sabes que, às vezes, invejo a destreza que o classificador de músicas no modo aleatório do Windows Media Player tem. É incrivél, acho que ele lê o meu coração. Abri, dei o play e a primeira música que toca depois de um lindo fim de semana é: The Greatest Love of All, Whitney Houston. Essa música é linda, além de traduzir tudo o que estou sentindo. É como se um novo sangue estivesse correndo em minha veias; como se tudo fosse novo e velho, ao mesmo tempo. Os momentos não retornam, nem as sensações. Mas amar é viver uma eterna nostalgia, ainda mais quando tu podes sentir um abraço forte e quente, quando tu podes dançar enlouquecidamente com alguém que te completa, que sabe o que tu sentes em um olhar. E amar é assim, um jogo de bodyguards, de guarda-costas, um do outro, como se o amor estivesse em perigo o tempo todo. Mas já não sinto esse medo. Pela expressão, pela respiração, pelo toque, pelo teu beijo, eu sei que não te perderei; não agora, que posso dizer que encontrei a felicidade que tanto buscava. E a música não sai da minha cabeça: 'Cause I found, the greatest love of all, it's happening to me. It's really happening.

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