Caros Amigos...

Não sei se escrevo bem, muito menos tenho eu a pretensão de escrever. Escrevo por prazer, e gostaria que vocês lêssem pelo mesmo motivo.
Abraço forte,

Marcus Vinícius Barbosa

6.9.08

Rogério - Capítulo 01

E como se fosse fácil, ele correu. Correu não por ter medo, sim por ter pena e compreender o sofrimento do professor. Ele precisava fazer alguma coisa, sentia isso a todo momento. Quem sabe procurarAntônio agora, sem pestanejar, falar-lhe sobre a mulher, a casa, o amante da mulher, a situação real. Pensa, e acha mais conveniente falar com Clarissa.
Ao acordar, lembra-se de sua tarefa árdua e prepara-se. Quer estar disposto a fazer tudo pelo seu melhor amigo - desaparacido a quatro anos e reencontrado de uma forma inesperada. Saí, levando consigo um endereço. Precisa pegar o trem, uns trinta minutos e tudo estaria resolvido.Mas o destino é cruel como o mar é para com os pescadores. No caminho, reflete sobre a amizade de doutrora, em um amor fraternal sem precendentes, em um afeto, carinho, admiração e respeito que ninguém jamais poderia ter para com Antônio. Por que não pedir auxílio ao seu amigo? Por que não perguntar a ele se exitiria algo a fazer? Talvez uma, duas semanas, no maxímo um mês. Mas não, o professor preferiu correr, feito um desvairado, quase como se não tivesse razão ou sentidos. E ele os tinha de sobra. Uma virtuosidade, um vontade de saber, jorrando conhecimento para quem passasse ao seu lado. Esse era Antônio Rodeau, um professor universitário - nem tão jovem, nem tão velho - que fora traído, humilhado pelo primo - e grande "amigo" - que decidira fugir para virar mendigo. Mas como sobrevivera? Como comera, se alimentara, se vestira? Entretanto, lembra-se Rogério do maior dom do mestre: falar.
Quarenta e cinco minutos depois - já em uma outra cidade - Rogério procura com esmero o endereço. Quinze minutos são suficientes. E lá vai ele bater à porta de Clarissa.

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