Caros Amigos...

Não sei se escrevo bem, muito menos tenho eu a pretensão de escrever. Escrevo por prazer, e gostaria que vocês lêssem pelo mesmo motivo.
Abraço forte,

Marcus Vinícius Barbosa

20.3.09

Rogério – Capítulo 04

Daniel o espera a porta, bem vestido. Vão a Vila Nova, a cidade que nunca dorme na redondeza. Lá, além das mulheres, estão os melhores bares do estado. Já no carro, ele indaga: mas, rapaz, como tu querias quebrar nosso ritual de descanso já tão consolidado? Não sabes que devemos isso às mulheres desta cidade maravilhosa? Rogério dá um bater de ombros, desdenhando a pergunta dele. Descanso para que, pensa Rogério. Mas, ao longo do caminho, vai relaxando. A música agora é outra, Carpenters. Que bela voz tem essa Karen ein? diz Daniel. Rogério replica: bela? A voz dela é simplesmente inacreditável! Vão discutindo agora sobre a vida amorosa. Quem começa é Daniel: Cara, tu sabes que a Rafaela anda me paquerando? É, isso mesmo, aquela lá da biblioteca. Olha, eu sei que não se deve comer a carne onde se ganha o pão, mas com aquela ali, meu filho, não há santo que resista! E eu, como não sou santo mesmo, caio em tentação. Rogério logo lembrasse de Clarissa, mas é um flash que passa rápido. Pensa agora em Rafaela. Mas esse Daniel tirou a sorte grande ein!
Chegam a um bar na rua principal de Vila Nova. Muita gente, muitas conversas, um som alto, carros passando, mulheres rindo, homens bebendo cerveja. Os dois procuram agora uma mesa, algo que logo se resolve. Sentados, Daniel fala: lembra-te do Antônio, aquele nosso professor? Rogério engole em seco, mas responde: Rodeau? Claro, meu grande amigo. E então presta atenção no que falara: “Claro, meu grande amigo!” A amizade é relativa? Já não sabe. Mas se a amizade depende do momento, aquilo era mais um descaso do que amizade. Era a personificação do desprezo. Resolve então ajudar Antônio; quer ver ele livre daquilo tudo o mais breve possível. Continuam a conversa. Ao chegar em casa ele pensa em como convencer Antônio. Seria difícil, mas está determinado o colocar um fim naquilo tudo.

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